Morreu na tarde desta quarta-feira, 10, o ex-procurador-geral de Goiânia e professor aposentado da Faculdade de Direito da Universidade Federal de Goiás (FD-UFG), Julpiano Chaves Cortez, aos 85 anos. Autor de 17 livros e artigos, Cortez é renomado no meio jurídico como uma das principais autoridades acerca do direito do trabalho.   

Em 1986, atuou como procurador-geral do município de Goiânia na gestão do Daniel Antônio de Oliveira (PMDB, atual MDB), o primeiro prefeito eleito após o golpe de Estado de 1964. Além disso, também foi superintendente regional do Trabalho e Emprego de Goiás e Tocantins e professor de Direito da Universidade Católica de Goiás (UC-GO, atual PUC-GO) e professor da FD-UFG. 

Em 2007, foi o conselheiro da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional de Goiás (OAB-GO) mais bem votado pelas lideranças, época em que a diretoria era escolhida por conselheiros eleitos. Da mesma forma, foi um dos fundadores do Instituto Goiano de Direito do Trabalho (IGT) e presidiu a instituição no biênio 1994/1995. Além disso, foi reconhecido pela Ordem do Mérito Judiciário do Trabalho pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e como Oficial da 18ª Região do Tribunal Regional do Trabalho (TRT 18ª Região).

Também foi membro da Associação Goiana dos Advogados Trabalhistas (AGATRA), do Instituto Brasileiro de Direito Social Cesarino Júnior (seção brasileira da Societé Internacionale de Droit du Travall et de la Sécurité Sociale, Sociedade Internacional de Direito do Trabalho e da Segurança Social em português) e membro titular do Instituto Latino-americano de Derecho del Trabajo y de la Seguridad Social (Instituto Latino-Americano de Direito do Trabalho e Seguridade Social, em português).

O desembargador Eugênio Cesário, presidente do TRT-GO, reitera a importância de Cortez no cenário acadêmico do direito do trabalho. “Dr. Julpiano dedicou sua trajetória profissional à advocacia e à produção acadêmica, influenciando gerações de advogados e estudiosos do Direito. Autor de diversas obras jurídicas, deixou um legado de conhecimento e comprometimento com a justiça, ensinando os profissionais a liquidar contas de sentenças trabalhistas, por exemplo. Externo meu profundo pesar por esta irreparável perda.”

O velório deve ser feito nesta quinta-feira, 11, na Capela 4 do Cemitério Jardim das Palmeiras, com o sepultamento marcado para as 10h. Enquanto isso, a missa de sétimo dia está marcada para ocorrer neste próximo sábado, 13, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes.